sábado, 20 de outubro de 2007

headbanger's journey

Pra variar atrasada...

Final de semana passado fui assistir no cinema o comentado documentário Metal, a headbanger's journey. O filme é de 2006, e só agora tá passando no cinema aqui. trash. Me parece que estão preparando a parte 2, que inclusive tem uma parte filmada no Brasil (a festa do stay heavy, que eu fotografei no começo do ano).
Mas então, o filme começa bem, com The Number Of The Beast ecoando nos auto-falantes do cinema, o que por si só já vale o ingresso. Aí o cara continua numa boa, contando como surgiu o movimento, quem criou o que, tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais, etecetera e tal. Tem entrevistas bem legais, com o Bruce Dickinson e o Dio, por exemplo, e muitas pessoas legais dando pitaco ao longo do documentário. Concordando ou discordando, viajando, contando causos, e mandando frases memoráveis como essa do Rob Zombie: "When people like heavy metal they really like it. You never heard anyone saying: "Yeah, I was into Slayer that summer..." you just DON'T hear it!". Gargalhei de passar vergonha.
Até aí tudo ótimo. Mas o que começa didático vira um amontoado de nomes na tela, e a impressão que se tem é que o cara escolhe as melhores opções para ele: pra viajar, aproveitar, e fooooda-se. - Já que não dá pra falar de tudo, pelo menos vou me divertir - ele deve ter pensado. Certo ele! A gente aqui fica morrendo de inveja, mas ainda tem muitas passagens engraçadas. Tem as bandas norueguesas que curtem queimar igrejas e são adoradoras de satã. Tem o Tom Araya do Slayer dizendo que é cristão e não concorda com God hates us all, mas que é um puta nome de música, tem os maquiados do glam metal contando causos da época, tem as mulheres do heavy metal, tem o sempre engraçado Lemmy Kilmister, tem muita coisa.
E se o começo foi lindo com a donzela de ferro, o final não poderia ser melhor. Master of Puppets estourando os tímpanos com imagens de shows, galera se jogando, moshs, \m/, e tudo de mais metal.
Valeu a pena os 18 reais da entrada. Mas eu ainda espero uma segunda parte, porque muita coisa ficou mal explicada.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

sinceridade mórbida


- Oi Julia! E aí menina, como estão as coisas? Estive fora esse mês todinho, como você tá?
- Olha menina, agora que papai morreu estou bem, porque tava um transtorno esse negócio de hospital todo dia.
- Nossa! Ele morreu quando?
- Segunda feira. Enterramos ontem.

...

das duas, uma: ou ela está em estado de choque ainda, ou é completamente doida.

sábado, 6 de outubro de 2007

antes tarde do que nunca

Sei que eu to um pouco atrasada, mas...
O show do Eric Martin + Richie Kotzen com direito a palhinha dos 2 juntos no final foi zenzazional.
O Eric. Bem, o Eric é o tipo de cara que dispensa apresentações. Canta pra caralho, interage com o público, faz piada, mexe com os integrantes, faz pose para os fotógrafos, não pára. Pra qualquer um, gostando ou não do cara, é um gosto vê-lo no palco. Aquela segurança de quem sabe até onde pode ir, aquela que só a maturidade e a experiência de zil anos num palco podem dar. Eu, que nem gostava tanto dele assim, depois de vê-lo 2 vezes em 6 meses, virei fã. Carisma, simpatia, talento, vocação, profissionalismo, generosidade e muita paciência, são apenas alguns dos adjetivos capazes de defini-lo.
Ah, e teve o Richie também. Eu não sou lá muito fã dele não. Inegável que o cara toque muito. Curti até que bem o show. Muito bluesão rasgado, um vocal competente, uma banda excelente. Mas, pelo menos pra mim, não foi lá muito empolgante. Diria que é o tipo de show pra ouvir sentado. O que não desmerece a beleza do espetáculo.
E aí vem o bis, e os 2 entram juntos pra mandar duas músicas do Mr. Big: Shine (uma das minhas favoritas ever) e 30 days in the hole (que na verdade é um cover da banda Humble Pie).
E acabou. Não tenho nem mais palavras.

Agora é só esperar... Quem sabe o Mr. Big voltar? Nada mal...
Coisas que me irritam profundamente:

* Quando você acaba de começar num emprego novo e no primeiro dia todo mundo já pergunta: - E aí? Tá gostando? - Tipos, daqui a um mês te conto, tá?!
* Pessoas que sentam do lado do passageiro no ônibus, dificultando o acesso a um assento livre
* Fãs da Pitty que me adicionam no Flickr, por causa do Cadu ou da Carol.
* Quando as pessoas elogiam minhas fotos, para logo depois dizerem: - Mas também, com uma câmera como a sua, até eu! - Tá, a câmera trabalha sozinha, óquêi.
* Pessoas que me perguntam que tipo de música eu ouço e mandam essa: - Ah tá, você é eclética. - Não, eu não sou eclética. Se diz eclético quem gosta de tudo. Não é meu caso. Eu gosto de MUITA coisa diferente, mas não gosto de tudo.
* Quando eu peço coca-cola no restaurante e o garçom pergunta: - Com gelo e limão? - Se fosse eu pediria, meu querido.
* Se eu faço uma piada sarcástica e a pessoa me olha e diz: - Credo, tá de TPM?

** continua em outro post, um dia, quem sabe...