quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Atualizando...

Eu sou o tipo de pessoa que demora a digerir os filmes. Eu assisto, tenho aquela relação de ódio com eles, e com o tempo começo a pensar nos detalhes e começo a enxergar tudo de uma maneira diferente. Muitas vezes eu só gosto do filme depois de assistir pela terceira vez. Coisa de maluco. Então, antes que me chamem de vira-casaca, volúvel ou "hepócrêta", vou avisando que essa é minha a opinião recente. Elas podem mudar em 2 dias, 2 horas, ou logo após o post. Vai saber.

No country for old men (Onde os fracos não tem vez)

Primeiramente, a tradução acabou com o gancho do filme. O filme é um daqueles tipícos que a "Academia" adóura. Logo que saí do cinema odiei. Depois passei a gostar, depois odiei de novo, e agora gosto. Ou acho que gosto. Enfim. A história chega a ser patética de tão simples: Em plena década de 80, no Texas, um caçador texano (se você assistiu o filme, entendeu o porquê do pleonasmo), interpretado pelo Josh Brolin encontra a cena de uma recém-emboscada. A alguns metros dali um homem morto e uma valise mudam sua vida. Mesmo sabendo que não existe crime perfeito, o texano, como todo ser humano, fraqueja e rouba a tal valise, cheia da grana, sem saber que um assassino muito cruel, muito sem humor, muito sem piedade e muito sem noção (que é ninguém menos que o Javier Bardem) anda atrás do dinheiro também, e não por acaso, foi quem armou a emboscada. Aí blá-blá-blá. Rata-ratá-tá-tá. Depois de todo o desenrolar da história sobre a irmandade da máfia, sobre rabos presos, sobre profissão perigo, e sobre "o-mundo-do-crime", vem o Tommy Lee Jones, sentado, refletindo em tudo que viu, ouviu e não impediu, achando que talvez esteja velho demais pro que se propõe. Aí o gancho. No country for old men. Talvez "Onde os velhos não têm vez" faria mais sentido. Mas aí ia ter aquela história de preconceito, e blá blá blá. Brasil é um país pra lá de atrasado.

Ah! O Javier Bardem estava interpretando o Highlander. Certeza.

Cloverfield

Eu adoro o JJ Abrams.
A idéia do filme é boa. A sensação de impotência que a gente teria no caso de realmente a terra ser invadida do dia pra noite por um alienígena maior que a maioria dos arranha-céus de Nova York. Ainda que ver a grande maçã ser destruída pela 879ª vez já não tenha o mesmo efeito, ainda assim, é triste. Mas coordenar os sentimentos enquanto o seu cérebro tenta acompanhar a corrida, os tombos, o sangue, o monstro, tudo isso com o "youtube way of filming" é difícil. Aos 15 minutos eu já estava lembrando muito bem da pipoca e da fanta recém-ingerida. O filme é bom. Mas evite, se você (como eu) tem estômago fraco.

Eu sou a Lenda


Fui assistir a contragosto e me surpreendi. Eu adóuro os clipes do Francis Lawrence (menos Suerte, da Shakira, que é de um mau gosto fora do comum). Mas desde que ele saiu da fase videoclíptica para a cinematográfica, a decepção tem sido grande. Depois de Constantine, eu já não esperava muito mesmo. Aí o cara me vem com um filme sobre um vírus inicialmente criado para acabar com o câncer, e que torna-se a base da quase completa extinção humana. Só que, claro, o mocinho (Will Smith, no caso) descobre-se imune ao vírus. E, claro, ele é um cientista famosérrimo, que passa a dedicar a solitária vida à cura da doença ( o vírus torna os humanos uma espécie de zumbi). Embora não passe completamente sozinho a maior parte do filme (a cadela Sam se encarrega de fazer graça e servir de apoio para todas as piadas), é ele quem segura o filme, com todo o carisma do "Fresh Prince of Bel-air". Entretenimento puro. E bom pra ver NY destruída. De novo.


Próximo post...
Desejo e Reparação

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