domingo, 4 de novembro de 2007

the same old me

Por esses dias eu tenho ouvido muito sobre Kurt Cobain. Não sei se há alguma razão específica, porque até onde sei, as datas são: 05-08/abril (aniversário de morte), e 20/fevereiro (que seria o aniversário de vida). Enfim... ver e ouvir falar tanto assim de Kurt Cobain remete (e muito), a minha (pré) adolescência. Nos meus 11/12/13 anos eu era tão introvertida, tão cheia de complexos, que só Kurt Cobain salvava. Não pensava em me matar nem coisa parecida, que fique bem claro, mas costumava passar horas trancada no meu quarto, olhando os posteres e pensando por que diabos um cara tão lindo, tão talentoso, e com uma filha fofa e tão novinha teria se matado. Pois é. Não vou contar minhas teorias toscas, até porque eu tinha 12 anos na época, é bom lembrar. Mas o que dá pra notar é que nada mudou! A diferença é que hoje existe a internet, e milhares de documentários a respeito (e muitos ainda continuam pipocando). Ainda existem adolescentes introvertidos, complexados se identificando com Cobain, e sempre vão existir. É estranho isso. Vejo vários mini-eus por aí. E até hoje ainda mora uma Cobain-maníaca aqui, em algum lugar. Não fico mais horas trancafiada no quarto ouvindo Nirvana, não tenho mais os posteres pendurados na parede e na porta, meu caderno não tem mais uma foto do Kurt na capa, e nas ultimas folhas não tem mais um milhão de desenhos do logo do Nirvana, ou da capa de algum cd. Mas ainda hoje, quando escuto ou vejo algo relacionado a ele, fico arrepiada. Me interesso. Até uns dois anos atrás, eu evitava um pouco ouvir Nirvana. Minha pré-adolescência foi um período MUITO doloroso da minha vida. Tão doloroso que eu prefiria esquecer. - Aí você me pergunta: "Mas qual (pré) adolescência é fácil?" Nenhuma. Mas te garanto que a minha foi pior que a tua. - Enfim, com os tombos da vida, a gente aprende que tombo tem sempre. Dor é a qualquer hora, a qualquer momento, e a gente tem que aprender a fracassar, a cair, e continuar sorrir. "Make them wonder why you're still smiling", eu vi num filme do Cameron Crowe, e achei o máximo. Talvez tenha faltado esse toque pro Kurt, hein?! Fica aí a dica.


* estas fotos eram alguns dos posteres que enfeitavam minha parede, há uns 15 anos atrás

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