segunda-feira, 5 de novembro de 2007

that's when I need my father's eyes

Eu não gosto de contar histórias pessoais aqui, mas...
Meu pai morreu quando eu tinha 9 anos 10 meses e 20 dias, num 29 de dezembro cinzento (ao menos na minha lembrança). Apesar de ter convivido pouco tempo com ele, ainda me lembro de muitas das coisas que ele me ensinou: não andar descalça no chão frio; não brincar no meio de flores cujo talo tenha espinho; sorrir sempre para as pessoas mal humoradas; ser gentil; dizer obrigada, por favor, com licença; não comer e mergulhar logo depois; escovar os dentes antes de dormir; ler gibi é bom; ler de tudo é importante; comer de tudo é saudável; e outras coisas que estão dentro das gavetas aqui dentro de mim. Ainda assim, é inevitável sentir falta dele, de seus conselhos, suas broncas, sua mão estendida. O que fazer quando não se consegue ler as placas? O que fazer quando se está atrasada? O que fazer pra ser feliz?

2 comentários:

Ana Néca disse...

Que linda a imagem que tem dele. Guarde-a com você. Honrar pai e mãe é isso: tê-los como parte da nossa formação, da nossa personalidade.

É mesmo uma pena ele não estar de corpo presente para ver a filha maravilhosa que tem. Mas alegre-se pelas boas lembranças. Ele (dentro de você) agradecerá.

Bonito mesmo. Me emocionei...

Beijos

Rodrigo Rover disse...

Por razões óbvias, nada a acrescentar. :´)